Quaresma é um tempo litúrgico da Igreja que corresponde a quarenta dias para a preparação da Páscoa. Nesse período, a Igreja nos convida à penitência e à renovação espiritual, por meio de três práticas principais: esmola (caridade), jejum e oração, conforme nos diz Jesus em Mt 6, 1-8. 16-18.

A Quaresma se inicia na quarta-feira de Cinzas e termina imediatamente antes da Missa Vespertina in Coena Domini (quinta-feira Santa). A imposição das cinzas pertence à estrutura da penitência canônica. Começa a ser obrigatória a partir do século X.

A Quaresma é um tempo propício para colocarmos em prática tudo que precisamos melhorar e santificar em nossa vida cristã. O Catecismo nos ensina (conf. CIC: §540, 1095 e 1438), que devemos imitar a Jesus, nosso Salvador, em todas essas atitudes. Tê-lo como guia, uma vez que Ele é o Caminho, a Verdade e a Vida.

Por isso, a Quaresma é o tempo para nos lembrarmos quem é o Criador e quem é a criatura, para proclamar que só Deus é o Senhor, para nos despojarmos da pretensão de nos bastarmos a nós mesmos e da mania de nos colocar no centro, ser o primeiro da turma, pensar que podemos, meramente com as nossas capacidades, ser protagonistas da vida e transformar o mundo que nos rodeia”[1], salientou oPapa Francisco durante a celebração da Santa Missa na quarta-feira de Cinzas.

Com oração e caridade, aprendemos a descobrir o que em nós mais necessita ser evitado. Não devemos apenas compreender como deixar de tomar algum alimento, porém, é preciso discernir o que nos é mais caro deixar de realizar dentro das nossas vontades e paixões, para agradar a Deus.

Portanto, aproveitemos este tempo para verdadeiramente oferecermos ao nosso Criador o louvor e agradecimento pela vida e existência. Pertencemos ao povo escolhido, buscamos a salvação e já vivemos nesse mundo a eternidade.


[1] https://www.vatican.va/content/francesco/pt/homilies/2023/documents/20230222-omelia-ceneri.html

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