A cada ano, mediante os quarenta dias da Quaresma, a Igreja se une ao mistério de Jesus no deserto, em que Ele venceu o Tentador por nós e manifestou a maneira que o Filho de Deus tem de ser Messias que é o oposto da que Lhe propõe Satanás (CIC 540). Durante quarenta dias e, sobretudo, na Semana Santa, a Igreja relê e revive os grandes acontecimentos da história da salvação no “hoje” de sua liturgia, buscando proporcionar aos fiéis abertura e compreensão espiritual do mistério do amor redentor, cujo ponto alto é Jesus Crucificado e o ápice é a Sua ressureição.
A Quaresma é um tempo particularmente apropriado ao exercício da oração, às privações voluntárias, como o jejum, a esmola, à partilha fraterna e a outras penitências. Mas o caráter penitencial da Quaresma não pode ser confundido com tristeza nem ser vivido como um fardo. Muito pelo contrário: é tempo favorável, ou seja, animador, benéfico, esperançoso, pois é Deus mesmo que continua oferecendo gratuitamente o perdão de todo pecado, verdadeiro fardo que causa tanto sofrimento, fardo esse que Jesus tomou sobre Si e carregou com todas as suas consequências, como afirmou o profeta Isaías: “O castigo que nos salva pesou sobre ele; fomos curados graças às suas chagas” (Is 53,5).
A Quaresma é uma via que conduz de volta o filho que se distanciou da convivência paterna, mas que não encontrou, por onde andou, amor tão grande e misericordioso como o amor do seu Pai. jeune viagra Esse é o tempo do favor de Deus que, por tanto amar, continua atraindo os pecadores com todo o peso dos seus pecados, problemas, lutas, para o Único que pode dar salvação e vida nova: Jesus Cristo.
“Nós vos exortamos a não deixar sem efeito a graça recebida de Deus. Pois ele diz: ‘No momento favorável, eu te atendo, e no dia da salvação venho em teu socorro. Eis agora o momento inteiramente favorável. Eis agora o dia da salvação’”.
((II Cor 6,1-2)