Antes de qualquer vocação específica, todo batizado recebe um chamado essencial: a santidade. Este é o alicerce de toda a vida cristã. O Concílio Vaticano II, na Constituição Dogmática Lumen Gentium, afirma: “Todos na Igreja… são chamados à santidade” (LG 39).
A santidade não é um ideal distante, reservado aos religiosos ou mártires. É um chamado real para cada cristão, em qualquer estado de vida. Como disse o Papa Francisco: “Para ser santo, não é necessário ser bispo, padre, religiosa ou religioso. Muitas vezes somos tentados a pensar que a santidade é reservada apenas àqueles que têm a possibilidade de tomar distância das ocupações comuns. Não é assim” (Gaudete et Exsultate, n. 14).
Jesus nos mostra o caminho da santidade: “Sede perfeitos como vosso Pai celeste é perfeito” (Mt 5,48). Essa perfeição se realiza na vivência do amor: “A caridade é o vínculo da perfeição” (Cl 3,14).
A vocação à santidade se vive no cotidiano: no trabalho, no casamento, na educação dos filhos, na vida comunitária. É uma resposta contínua à graça, buscando conformar-se a Cristo em cada decisão e atitude.
Santo Agostinho disse: “Ama e faz o que quiseres”. Quando amamos a Deus e ao próximo, caminhamos seguros na estrada da santidade.
A vocação universal à santidade é o ponto de partida para todos os outros chamados. Só quem deseja ser santo é capaz de ouvir com clareza o que Deus deseja para sua vida.