Domingo de Ramos – A Entrada Triunfal e o Início da Paixão

O Domingo de Ramos inaugura a Semana Santa, o período mais sagrado do ano litúrgico cristão. Neste dia, a Igreja recorda a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, montado em um jumentinho, enquanto a multidão O aclamava com ramos e cânticos: “Hosana ao Filho de Davi! Bendito o que vem em nome do Senhor!” (Mt 21,9).

Esse gesto, ao mesmo tempo simples e messiânico, manifesta o cumprimento das Escrituras (cf. Zc 9,9) e revela o contraste entre a glória que Jesus recebe da multidão e a rejeição que enfrentará poucos dias depois. O mesmo povo que aclama será, em breve, o que grita “Crucifica-o!”. Isso dá ao Domingo de Ramos um tom duplo: de júbilo e de dor, de celebração e de profecia da Paixão.

A liturgia deste dia é marcada por dois momentos intensos: a procissão de ramos e a leitura da Paixão do Senhor. A procissão simboliza nossa adesão a Cristo, Rei humilde e pacífico, e nos convida a segui-Lo com fidelidade. Já a leitura da Paixão, geralmente retirada de um dos Evangelhos sinóticos, nos coloca diante da entrega total de Jesus por amor à humanidade.

O Catecismo da Igreja Católica (n. 557) nos lembra que “a entrada de Jesus em Jerusalém manifesta a vinda do Reino que o Rei-Messias, recebido na sua cidade pelos filhos de Israel, vai realizar pela Páscoa da sua Morte e da sua Ressurreição”. Assim, o Domingo de Ramos não é apenas o prelúdio da dor, mas a proclamação da vitória do amor redentor.

Celebrar este dia é abrir as portas do nosso coração ao Mistério Pascal. É reconhecer em Jesus o verdadeiro Rei — não de glórias humanas, mas de uma realeza que se revela na cruz. Começamos, assim, uma semana de profunda contemplação, para renovar com Cristo nossa fé, esperança e amor.

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