Discernir a vocação é, antes de tudo, aprender a escutar. Num mundo barulhento e acelerado, Deus fala no silêncio do coração. Mas como identificar a vontade d’Ele diante de tantas possibilidades?

Discernir não é adivinhar, é rezar

Discernimento não é um exercício de adivinhação, mas de intimidade com Deus. Santo Inácio de Loyola dizia que “Deus trata diretamente com a criatura” — ou seja, Ele nos fala ao coração, se abrirmos espaço para escutá-Lo.

O Papa Francisco ensina:

“Para discernir a própria vocação, é preciso reconhecer que a mesma é a chamada dum amigo: Jesus. (…) Este discernimento de amizade é o que proponho aos jovens como modelo se quiserem compreender qual é a vontade de Deus para a sua vida.” (Christus Vivit, 287).

Sinais da verdadeira vocação

O discernimento passa por sinais concretos:

  • Alegria duradoura: não euforia, mas paz interior constante.
  • Fecundidade espiritual: a vocação gera frutos em si mesmo e nos outros.
  • Confirmação pela Igreja: a vocação se insere na comunidade eclesial.

Acompanhamento é essencial

O discernimento não é feito sozinho. A Igreja recomenda a direção espiritual como um meio eficaz para escutar Deus com clareza. O Catecismo reforça:

“A graça do Espírito Santo procura nos conformar à imagem de Cristo” (CIC 2014).
Esse processo acontece, muitas vezes, no diálogo com alguém que nos ajude a reconhecer a ação do Espírito.

Práticas concretas para discernir

  1. Vida de oração diária (preferencialmente com meditação da Palavra).
  2. Direção espiritual com alguém da Igreja.
  3. Participação frequente na Eucaristia.
  4. Confissão regular.
  5. Contato com realidades vocacionais: missões, convivências, experiências comunitárias.

O discernimento vocacional exige coragem, silêncio e confiança. A vontade de Deus não é escondida, mas revelada àqueles que se dispõem a caminhar com Ele. Ao buscar com sinceridade, Deus responde com generosidade.

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