Na Quaresma, somos convidados a adentrar o deserto dos nossos corações buscando ordenar as nossas vidas segundo o Evangelho. Nesse percurso, é necessário o silêncio interior e a oração para escutarmos a voz do Senhor a fim de orientar o nosso viver. Nesse processo, reconhecemos a nossa culpa, nos arrependemos dos nossos pecados e nos dispomos à mudança de vida, à conversão.

A disposição para a vivência de atos penitenciais pode nos aproximar de Deus, quando transcendem atos exteriores e representam esforços para conseguir o autodomínio, condição necessária na luta para não mais ofender a Deus, resistindo à nossa inclinação ao pecado. Nesse sentido, o jejum é uma arma eficaz, já que conduz à disciplina, ao domínio da vontade, à saída de si mesmo, conduzindo à disposição interior para a partilha, solidariedade, através de atos concretos.

Nesse esvaziamento de si mesmo, saindo do egoísmo e da busca insaciável da satisfação de prazeres, o ser humano ordenado melhor se relaciona com Deus, enxergando com clareza as suas misérias, dando-se conta da grandiosidade do amor e misericórdia divinos, despertando uma profunda gratidão e um contínuo mover-se às coisas do Alto.

 Um percurso que promove o reconhecimento das nossas fragilidades, o arrependimento de nossas culpas e o desejo ardoroso de retribuir ao Senhor por tão grande amor, tomando posse da salvação. 

Assim, cada ato penitencial vivido como meio de reparação aos pecados do passado e de resistência a novas quedas, nos aproxima de Deus, convertendo a nossa mentalidade à busca pelo Reino dos Céus, a uma vida pautada no Evangelho.

FAÇA SUA DOAÇÃO FALE CONOSCO