Desde o Gênesis até o Apocalipse, a Sagrada Escritura apresenta uma verdade inegociável: Deus chama o ser humano por nome e para um propósito. A vocação não é um acaso, mas uma iniciativa amorosa do Pai.

Chamados desde o ventre materno

O profeta Jeremias é exemplo claro de um chamado pessoal:

“Antes que no seio fosses formado, eu já te conhecia; antes de teu nascimento, eu já te havia consagrado” (Jeremias 1,5).

Também Isaías afirma algo semelhante:

“O Senhor me chamou antes de eu nascer; desde o ventre de minha mãe ele tinha na memória o meu nome” (Isaías 49,1).

Esses versículos revelam que a vocação antecede a nossa consciência sobre ela. Deus chama antes mesmo que sejamos capazes de responder.

Chamados em meio à vida comum

A Bíblia também mostra que o chamado divino acontece no cotidiano: Moisés pastoreava ovelhas quando Deus o chamou da sarça ardente (cf. Êxodo 3), Amós cultivava figueiras (cf. Amós 7,14-15), e os apóstolos pescavam (cf. Mateus 4,18-22).

Jesus continua a chamar pessoas no meio da rotina comum:

“Não fostes vós que me escolhestes; fui eu que vos escolhi” (João 15,16).

Vocação como resposta à iniciativa divina

O Catecismo da Igreja Católica nos ensina:

“O desejo de Deus está inscrito no coração do homem, porque o homem foi criado por Deus e para Deus” (CIC 27).

A vocação é a resposta livre a esse desejo profundo que Ele mesmo colocou em nós. A história bíblica de vocações confirma que Deus sempre toma a iniciativa, mas respeita nossa liberdade para responder.

A vocação não é uma ideia vaga ou uma escolha puramente racional. É uma resposta concreta a um chamado real de Deus, que se manifesta na história pessoal, na vida comum e na Palavra revelada. Ao mergulhar nas Escrituras, o vocacionado descobre que seu chamado tem raízes profundas no coração do Pai.

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