Supliquei ao Senhor, meu Deus, e fiz-lhe minha confissão nestes termos: Ah! Senhor, Deus grande e temível, que sois fiel à aliança e que conservais vossa misericórdia àqueles que vos amam e guardam vossos mandamentos:
nós pecamos, prevaricamos, cometemos maldade, fomos recalcitrantes, desviamo-nos de vossos mandamentos e de vossas leis. Não escutamos vossos servos, os profetas, que falaram em vosso nome a nossos reis, a nossos chefes, a nossos antepassados e a todo o povo da terra. A vós, Senhor, a justiça, e para nós a vergonha, como hoje acontece ao povo de Judá e de Jerusalém, a todo o Israel, àqueles que estão perto e àqueles que estão longe, em todos os países aonde os haveis dispersado por causa das iniqüidades que cometeram contra vós. Sim, Senhor, para nós a vergonha, para nosso rei, nossos chefes e nossos antepassados, porque pecamos contra vós. Ao Senhor, nosso Deus, as misericórdias e o perdão, porque nós nos rebelamos contra ele. Recusamos ouvir a voz do Senhor, nosso Deus; não seguimos as leis que ele nos oferecia pela boca de seus servos, os profetas.

Dn 9, 4 – 10.

O profeta, em nome do povo, eleva a Deus uma confissão. Aqui está, portanto o primeiro elemento para um caminho de conversão. O reconhecimento.

Daniel não perde tempo tentando justificar os erros do povo, nem suas razões externas, as vezes lícitas. Ele, prontamente, reconhece o erro (v.5): desviamo-nos de vossos mandamentos e de vossas leis.

Embora seja o primeiro passo, não podemos subestimá-lo. Pois normalmente é um dos mais difíceis. Não é raro encontrarmos pessoas com dificuldade de se auto avaliarem e de reconhecerem os seus erros.

Não existe conversão, amadurecimento para aqueles que não trilham esse caminho. 

Após o reconhecimento se dá o elemento do processo de conversão, talvez o mais exigente: o arrependimento. O que seria, então?

Dor da alma e detestação do pecado, com a resolução de não mais pecar no futuro. 

Catecismo da Igreja Católica § 1451 :

Daniel expressa muito bem essa dor quando ele diz em sua oração (v.7.8): “A ti, Senhor, a justiça, e a nós, a vergonha no rosto esse dia.” O coração verdadeiramente arrependido, ele sente a dor da alma de ter ofendido o seu Deus. Ele experimenta a verdadeira contrição.

A palavra contrição quer dizer fratura ou despedaçamento, como quando uma pedra é esmagada e reduzida a pó. Dá-se o nome de contrição à dor dos pecados, para significar que o coração duro do pecador em certo modo se despedaça pela dor de ter ofendido a Deus.

A dor perfeita, ou contrição, produz o efeito de nos conceder o estado de graça, mesmo antes da confissão (pressupondo a reta decisão de procurar o sacramento), porque procede do amor a Deus, que não pode encontrar-se na alma juntamente com o pecado mortal. Diferente da atrição, ou dor imperfeita, que consiste apenas do medo do castigo de Deus, nessa vida, ou na morte eterna.

O verdadeiro arrependimento também implica a detestação do pecado. cantharide viagra Detestar significa abominar, repelir. O arrependido afasta de sua vida e de seus atos o pecado e as possibilidades de cair. (Sl 101, 2-5).

O homem de coração contrito, por amor a Deus e num desejo de reparação, decide-se por não cair mais e empenha todas as suas forças nos caminhos da conversão.

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