Algumas características da santidade são ousadia e ardor. Afirma o Papa Francisco: “Move-nos o exemplo de tantos sacerdotes, religiosas, religiosos e leigos que se dedicam a anunciar e servir com grande fidelidade, muitas vezes arriscando a vida e, sem dúvida, à custa da sua comodidade. O seu testemunho lembra-nos que a Igreja não precisa de muitos burocratas e funcionários, mas de missionários apaixonados, devorados pelo entusiasmo de comunicar a verdadeira vida. Os santos surpreendem, desinstalam, porque a sua vida nos chama a sair da mediocridade tranquila e anestesiadora”[1].
Sem dúvida, precisamos da ousadia, entusiasmo, ardor apostólico para não sermos paralisados pelo medo e dificuldades. Somente com o ardor é que poderemos ir mais além do conhecido, rumo às periferias e aos confins deste mundo. E o Senhor nos chama a navegar pelo mar adentro e lançar as redes em águas mais profundas[2]. Rezemos como ensina Francisco “Que o Senhor venha despertar-nos, dar-nos um abanão na nossa sonolência, libertar-nos da inércia. Desafiemos o comodismo, abramos bem os olhos, os ouvidos e sobretudo o coração, para nos deixarmos mover pelo que acontece ao nosso redor e pelo clamor da Palavra viva e eficaz do Ressuscitado.” [3]
[1] https://www.vatican.va/content/francesco/pt/apost_exhortations/documents/papa-francesco_esortazione-ap_20180319_gaudete-et-exsultate.html#_ftnref103.
[2] (cf. Lc 5, 4).
[3] https://www.vatican.va/content/francesco/pt/apost_exhortations/documents/papa-francesco_esortazione-ap_20180319_gaudete-et-exsultate.html#_ftnref103