Ao observarmos nossas relações pessoais, facilmente podemos identificar aquelas com as quais temos intimidade. Ser íntimo implica em uma relação de proximidade, de amizade, que conduz à partilha da vida, ao desvelar do coração, ao conhecimento mútuo. bite avec viagra

Nesse sentido, ser íntimo de Deus implica em buscar essa proximidade, a Sua amizade, e a principal via é a oração. No entanto, muitas vezes nos relacionamos com Deus de modo equivocado, o que pode nos conduzir a certo distanciamento ou a uma relação superficial, pois não vivemos bem a oração.

Quantos de nós nos colocamos na presença de Deus expondo nossas necessidades, partilhando nossas dores e a nossa única expectativa é a de que o Senhor atenda os nossos pedidos, nos socorra em nossas necessidades, pronta e rapidamente. E quando isso não acontece, quantos de nós ficamos ressentidos, até nos distanciamos por essa razão, mesmo que inconscientemente.

Ou ainda, esperamos que o momento de oração seja sempre vivido pela experiência do consolo e até de certo gozo. E quando a oração não transcorre desse modo, pensamos viver certa aridez e a oração passa a exigir esforços maiores e, não raras vezes, nos conduz ao esfriamento. Ficar nessa expectativa de sempre receber consolações, de viver momento agradáveis na oração pode denotar o quanto a nossa relação com o Senhor ainda é superficial.

Assim, essas formas de nos relacionarmos com Deus, de vivermos a oração, não nos conduzirá à intimidade com o Senhor e, consequentemente, à conversão. Numa relação de amizade, de proximidade, é preciso também ouvir o outro, acolher os seus conselhos, permitir que nos auxilie a enxergar melhor quem somos e as lutas que travamos. Se isso ocorre em nossas relações humanas íntimas, quanto maior deve ser a nossa abertura, docilidade para ouvir o Senhor, acolher a Sua Palavra, permitindo que o mais profundo de nossos corações, nossa vontade e inteligência sejam tocados por Suas mãos.

Permitir esse toque, implica remexer feridas, para que sejam curadas; reconhecer as nossas faltas, para que nos arrependamos; confrontar a nossa vida com a Palavra de Deus, para que possamos viver segundo a Sua vontade.

Tal postura nos levará, assim como ao salmista, à constatação: “Senhor, tu me sondas e me conheces: conheces meu sentar e meu levantar, de longe penetras o meu pensamento; examinas o meu andar e o meu deitar, meus caminhos são todos familiares a ti”. E ainda, como o salmista suplicar: “Perscrutai-me, Senhor, para conhecer meu coração; provai-me e conhecei meus pensamentos. Vede se ando na senda do mal, e conduzi-me pelo caminho da eternidade.”(Salmo 138). O salmista atinge tamanha maturidade espiritual que chega a pedir provações, pois a sua maior preocupação é seguir o caminho da eternidade e, para tanto, precisa reconhecer se anda no caminho do mal. A sua maior preocupação é a sua salvação.

O salmista se relaciona com Senhor, sabe que só Ele o conhece profunda e verdadeiramente, que só Ele pode revelar o mais oculto em seu coração e suplica que Deus o auxilie nesse processo. E só assim, na intimidade com o Senhor, na vivência da oração como diálogo em que nos abrimos para ouvir o Senhor e acolher a Sua vontade podemos, de fato, viver a conversão, permitindo a mudança de mentalidade, de vida, necessárias para o nosso crescimento espiritual e para que um dia recebamos a inestimável graça de adentrar o Reino dos céus.

O tempo da Quaresma é um tempo favorável à oração, tempo de buscarmos a intimidade com Deus, caminho para a mudança de mentalidade, a conversão.

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