O Senhor nos quer construtores da paz [1]. É bem verdade, também, que não se pode falar de paz quando não são respeitados todos os seus pilares, entre eles, a justiça e o amor. Sobretudo, o amor ao próximo, notadamente, manifestado no socorro aos irmãos mais pobres. O magistério da Igreja nos lembra que uma causa importante da pobreza é a falta de fraternidade entre os povos e entre os homens[2]. Logo, um caminho para promover a paz ordenada por Nosso Senhor passa pelo encontro fraterno com os pobres.

Ora, onde não há respeito, defesa e promoção dos mais necessitados, onde se ignora ou se esquece destes, não pode existir paz. Não há, verdadeiramente, paz familiar, social, econômica e política quando se observa que os pobres estão esquecidos, quando não lançamos mão de um olhar atento, solidário e fraterno sobre estes.

O Papa Francisco nos ensina que há uma forma de promover a fraternidade – e, assim, vencer a pobreza – que deve estar na base de todas as outras. É o desapego vivido por quem escolhe estilos de vida sóbrios e essenciais, por quem, partilhando as suas riquezas, consegue assim experimentar a comunhão fraterna com os outros. Isto é fundamental, para seguir Jesus Cristo e ser verdadeiramente cristão. É o caso não só das pessoas consagradas que professam voto de pobreza, mas também de muitas famílias e tantos cidadãos responsáveis que acreditam firmemente que a relação fraterna com o próximo constitua o bem mais precioso”[3].

Que estas palavras do santo Papa possam nos ajudar a redescobrir os laços fraternos que nos unem uns aos outros, com o objetivo de construir a paz que Cristo nos pede.


[1] Cfr. Mt. 5, 9

[2] https://www.vatican.va/content/benedict-xvi/pt/encyclicals/documents/hf_ben-xvi_enc_20090629_caritas-in-veritate.html. Acesso em 24.07.2022.

[3] https://www.vatican.va/content/francesco/pt/messages/peace/documents/papa-francesco_20131208_messaggio-xlvii-giornata-mondiale-pace-2014.html. Acesso em 24.07.2022.

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