O Evangelho escrito por São João se lê que: Junto da cruz de Jesus estavam Sua mãe, a irmã de Sua mãe, Maria, mulher de Cléofas, e Maria de Magdala.[1] Para os exegetas com o verbo estar, que literalmente significa estar em pé, o evangelista pretende apresentar a dignidade e a fortaleza manifestada no sofrimento por Maria.

Precisamos enxergar muito mais do que uma postura corporal de Maria.  A expressão empregada pelo Evangelho sugere um conteúdo moral, isto é, que Maria acompanhava o sofrimento do seu Filho com fortaleza de alma; e que, no seu coração, havia firmeza e plena adesão à santa e indiscutível vontade de Deus.

Uma atitude que podemos aprender com Maria, de pé, aos pés da cruz é não ter medo da cruz, contemplá-la com amor, revestir a cruz de sentido. Parece que, com esse fato, narrado pelo discípulo amado, Maria nos ensina como enfrentar os sofrimentos que nos acometem no cotidiano da nossa existência.  

São João Paulo II nos diz que: “Em particular, o estar em pé da Virgem junto da cruz recorda a sua firmeza inquebrantável e a coragem extraordinária ao enfrentar os sofrimentos. No drama do Calvário, Maria é sustentada pela fé, que se revigorou no decurso dos eventos da sua existência e, sobretudo, durante a vida pública de Jesus.”[2]

Rezemos para que a esperança de Maria aos pés da cruz nos inspire a ter uma fé inquebrantável e coragem para superar nossos sofrimentos com dignidade e firmeza.


[1] Evangelho de São João 19,25

[2] https://www.vatican.va/content/john-paul-ii/pt/audiences/1997/documents/hf_jp-ii_aud_02041997.html

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