Ser família é uma linda vocação. Nela brotam a maternidade e a paternidade, cuja vivência exige dedicação, amor e sabedoria. No seio familiar, os filhos são gerados, educados, formados, e um princípio norteador é a obediência. Aspecto cada vez mais difícil de ser observado em uma época em que papéis foram invertidos ao ponto de, em muitas famílias, serem os pais que obedecem aos caprichos de seus filhos.

O exercício da obediência educa a vontade, favorece o controle das próprias paixões, forma o caráter e nos livra de muitos males.

Muitos dos impulsos de jovens e crianças conduzem a excessos, erros, desordens que, se não forem freados, podem gerar desequilíbrios emocionais, morais e até espirituais. Como suportar os nãos da vida, as regras sociais, as exigências do mundo escolar, do trabalho e do próprio processo de conversão, se não compreendermos que nem tudo nos é permitido, nem tudo convém, nem sempre fazemos aquilo que é mais fácil ou prazeroso? Para se ter resistência, força e coragem, para resistir às muitas contrariedades da vida é necessário seguir a via da obediência.

 É válido recordar que, pela desobediência de Lúcifer e de Adão e Eva, os males se espalharam pelo mundo; por desobedecerem a Deus pai, criador, severas consequências atingiram a humanidade. Respeitando as devidas proporções, a desobediência dos filhos também gera danos à família, ferindo a identidade, o caráter próprio de cada membro familiar, ao ponto de pais não possuírem autoridade sobre filhos que, ainda muito jovens, passam a gerir suas vidas ao seu bel prazer.

O Apóstolo Paulo sabiamente orientou: “Filhos, obedecei a vossos pais, no Senhor, pois isto é justo[1]. De fato, é justo que os filhos obedeçam aos pais, a eles foi confiada as suas vidas para amá-los e educá-los; a eles foi concedida a graça da maturidade, da visão mais ampla sobre os fatos, fruto da experiência.  Cabe a eles o papel de orientar, de fazer enxergar o que os imaturos olhos e corações não conseguem enxergar. 

A obediência, o temor aos nossos pais nos formam para também assim procedermos em relação ao Senhor. Deus nos deixou os dez mandamentos porque eles conduzem o nosso viver ao equilíbrio, ao ordenamento que produz a paz, não à toa ordenou-nos a honrar pai e mãe, prometendo-nos felicidade e longa vida sobre a terra.[2]


[1] Efésios 6, 1 – Bíblia Ave Maria

[2] Efésios 6, 2-3 – Bíblia Ave Maria

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