Atualmente vivemos um contexto muito difícil, marcado por conflitos gerados por questões ideológicas na busca insaciável de status, acúmulo de riquezas e poder sobre as nações. Basta observar atentamente o cenário nacional e o mundial: a polarização entre os que apoiam ideologias de extrema direita e esquerda no Brasil que divide até mesmo membros de uma família e a devastadora invasão de tropas russas que vem provocando morte e destruição na Ucrânia. Ações danosas e maléficas geradas pelos corações humanos e o mais impactante é que surjam ou sejam apoiadas por cristãos, isso porque tal postura contradiz a mensagem do Evangelho, distorcendo a identidade do cristão que é chamado a ser um construtor da paz.

Sem a luz da Palavra, da Sabedoria divina, vivemos uma espécie de cegueira, falta de visão frente a realidades que nos questionam, nos confrontam como humanos e como cristãos.

É urgente que nos voltemos ao Senhor e pautemos a nossa conduta no Evangelho e como o salmista se dispor à escuta da Palavra: “Ouvirei o que o Senhor Deus diz,/ porque ele fala de paz ao seu povo e fieis, para que não voltem à insensatez.”[1] O salmista tem ciência de que, conduzidos pelo nosso modo humano de pensar e agir, inevitavelmente a insensatez se manifestará, uma incoerência e barbárie até. Pensemos no absurdo que permeia a indignação manifestada diante da violência contra os animais e a indiferença diante de bebês abortados. Sem a luz da Palavra, da Sabedoria divina, vivemos uma espécie de cegueira, falta de visão frente a realidades que nos questionam, nos confrontam como humanos e como cristãos.

Ser cristão, assumir essa identidade em sua plenitude, implica em assumir a missão de construir a paz que começa no nosso lar e estende-se por todos os ambientes em que circulamos física e virtualmente. Para não esquecermos quem somos e a que somos chamados é preciso manter o coração unido a Deus. Que nestes tempos atualizemos a oração do Santo que tanto propagou e promoveu a paz:

“Senhor,

Fazei de mim um instrumento de vossa Paz.

Onde houver Ódio, que eu leve o Amor,

Onde houver Ofensa, que eu leve o Perdão.

Onde houver Discórdia, que eu leve a União.

Onde houver Dúvida, que eu leve a Fé.

Onde houver Erro, que eu leve a Verdade.”[2]


[1] Salmo 86, Jerusalém

[2] Oração de São Francisco. Disponível em https://franciscanos.org.br/carisma/oracao-de-sao-francisco.html#gsc.tab=0. Acesso: 07 de julho de 2020

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