Olhando com atenção, a cruz é abjeta. Além de ser um instrumento de suplício, o fato de apresentar-se com um ser humano inocente nela pregado causa ojeriza, quiçá repugnância. Em princípio, a cruz denota, portanto, fealdade. Quem veria beleza em tanto sofrimento? Bet with your head, https://nikel.co.id/can-you-cash-a-personal-check-at-a-casino/ not over it.
A arte cristã deu um jeito de minimizar esse efeito negativo em nossas mentes: vestiu a nudez de Jesus, amenizou as expressões de dor em seu rosto e, em alguns casos, deu-lhe postura real. Alguns crucifixos são tão admiráveis do ponto de vista artístico, que, quando os contemplamos, nem nos lembramos da dramaticidade do calvário. They are trusted by thousands of players from all over the world including players from https://www.siliconvalleycloudit.com/what-to-put-in-a-poke-bowl/ the UK.
Todavia, a cruz nos revela uma beleza que não é artística. Eu a qualificaria como sendo de três naturezas distintas: teológica, antropológica e física. Sim, há também uma beleza física na cruz! Pois o corpo de Jesus é belo na medida em que exprime a sua identidade e doação de vida. Mas vamos por partes. Primeiramente: no que consiste a beleza teológica que a cruz revela? No ato de amor ali presente: a redenção.
A redenção se realizou quando o Pai enviou ao mundo o seu Filho único para que houvesse na terra, numa alma humana, um ato de amor a Deus de valor infinito, capaz de reparar o pecado cometido pelos primeiros pais e merecer a salvação a todos os homens.[1] De acordo com a ordem de justiça, da qual Deus é guardião cósmico, o homem deveria ser condenado à separação definitiva de Deus, devido ao pecado original, visto que este significou uma ruptura com o Criador mediante um ato de vontade livre.
Em sua misericórdia, Deus se pegou procurando a solução para um enigma: como reparar um erro de proporções infinitas,[2] não ferindo a ordem da justiça e, ao mesmo tempo, libertando o culpado? Foi então, que concebeu e executou um plano único, não podendo haver outro com maior perfeição: o plano da redenção.Deus fez tudo como pensou, e o fez na história humana. A redenção foi cuidadosamente preparada mediante as prefiguras veterotestamentárias e as práticas religiosas da aliança com Israel. No momento certo (cf. Gl 4,4), cumpriu-se. Inicialmente, pela Encarnação do Verbo. Em seguida, pelo sacrifício de Cristo da cruz, quando este se tornou “o anátema” do Pai (cf. Mt 27,43). Jesus pagou a dívida da humanidade para com Deus. Na verdade, “era Deus que em Cristo reconciliava o mundo consigo” (2 Cor 6, 19).
O plano não só foi cumprido, como também, foi manifestado, visibilizado através da cruz. É por isso que, ainda hoje, a cruz recorda aos homens a sua salvação. O ato de amor do Filho não foi apenas suficiente, mas superabundante (cf. Rm 5, 15-20). Deus não só resolveu o enigma, como ainda aproveitou para revelar-se de um modo pleno, como ainda não tinha se revelado, e atestou novamente sua prodigalidade, demonstrando que não pode haver parceria entre o amor e a mesquinhez. Que beleza!
A beleza antropológica que se revela na cruz é aquela que provém da realização humana de Cristo. É bonito de ver alguém que, fazendo uma trajetória de renúncia de si e abrindo mão de todas as suas possibilidades de ascensão social, apresenta-se tão consciente de que fez o que deveria ter feito: entregou a sua vida. A consequência disso na auto imagem de Cristo é deveras positiva: “Havendo Jesus tomado do vinagre, disse: ‘Tudo está consumado’. Inclinou a cabeça e rendeu o espírito” (Jo 19, 30).
“Tudo está consumado” é uma frase fundamental. Ela recorda a contemplação de Deus frente à criação concluída: “Deus contemplou toda a sua obra, e viu que tudo era muito bom” (Gn 1, 31a). Isso significa que quando Jesus morreu, ali ele contemplou – nele mesmo – a nova criação como restauração completa e perfeita do homem. Foi o nascimento do homem novo, o termo da nova criação. O Gênesis esclarece que a contemplação de Deus se deu no sexto dia (cf. Gn 1, 31b). O sexto dia foi exatamente o dia da morte de Jesus.
Mas “tudo está consumado” exprime também a visão de Jesus a respeito de si mesmo. Imagem revestida de positividade e admiração. comment trouver du viagra sans ordonnance Logo após dizer isso, Jesus inclinou a cabeça e morreu (cf. Jo 19, 30b). Foi o repouso sabático do Filho, como também o Pai havia repousado no sábado (cf. However, https://tpashop.com/casino-gifts-usa-las-vegas-nv-89101/ just because they are credited as a cash value it does not mean that it is the same as real cash. Gn 2, 2). Expressão clara de quem “descansa em paz”, tão realizado humanamente estava, pois fez aquilo a que havia se proposto. E isso era muito bom!
Por isso, um poeta cristão imaginou uma narrativa feita pelo centurião que presenciou a morte de Jesus. Um centurião é um homem acostumado às batalhas. Ele teria dito:
Jamais houve morte como esta
A morte parecia sua serva e não sua senhora
Não era um homem derrotado
Acabou soltando um forte grito de vitória
Todos se perguntavam o que fosse aquele grito
Mas eu que entendo de combates e combatentes
Reconheço um grito de vitória entre mil
A beleza física é a mais difícil de ser vista, mas talvez seja, para os dias atuais, a mais importante das revelações da cruz. Para uma sociedade que idolatra, supervaloriza ou objetifica o corpo, Jesus demonstra que o corpo é para a doação, é para estar em consonância com a vocação pessoal de cada homem ou mulher. Com efeito, o corpo de Cristo foi gasto por amor.
Visto assim, como integrado à vocação pessoal, que sempre implica em doação de vida, o corpo é belo quando existe na forma de dom. Pode ser velho, não tão atraente, doente, cansado, etc. Se for doado, é belo. É também nesse sentido – no contexto da doação de si – que o corpo é templo do Espírito (cf. 1 Cor 6, 19). A essa expressão, aliás, somos apegados, mas geralmente lhe damos um sentido meramente voltado à questão do pudor e abatemos o seu significado mais abrangente.
A paixão é o momento em que a doação de Cristo atinge a sua plenitude porque ali ele doa o corpo. Sua consagração ao Pai torna-se, então, irrefutável. Com efeito, na vida de Cristo, o corpo foi a última coisa a ser doada. Dai porque no fim de seu ministério Ele instituiu um sacramento que rememorasse aos homens sua trajetória de amor: o sacramento da Eucaristia. E o fez dizendo: “Isto é o meu corpo que é dado” (Lc 22, 19b – grifo meu). Nessa afirmação, Jesus foi muito explícito quanto à percepção que tinha a respeito de seu corpo. E não teve vergonha de expô-lo, pois sabia que era belo.
Na cruz, Cristo se apresenta chagado, pobre, desprezado pelos homens. Muitos fogem dele quando o encontram assim, pois preferem um Deus triunfalista. We also want https://kellyrobbins.net/who-owns-the-sands-casino-in-las-vegas/ to see titles from top developers, with impressive graphics and gameplay, including some slots with juicy progressive prizes. Mas aquele que adquiriu mentalidade evangélica, este o aceita; e também é aceito por Ele em sua pusilanimidade. Tudo em perfeita segurança, uma vez que não há timidez ou acanhamento. Pois ninguém se envergonha da beleza. E beleza e doação, na compreensão evangélica, são uma coisa só.
A despeito daqueles que enxergam na cruz algo desprezível e ignóbil, vejo nela um mistério, ou seja, um excesso de luz revelador de beleza. O belo, o bom, o nobre se misturam na cruz. Online https://teyasilk.com/how-far-is-graton-casino-from-san-jose/ games in this category provide casino game features and the excitement in real money games, but of course, there is no hope of winning actual cash playing such games. E só posso enxergá-la por esse ângulo.
Ronaldo José de Sousa
Cofundador da Comunidade Remidos no Senhor
[1] Esse ato de amor só seria possível se essa alma humana fosse de uma pessoa divina.
[2] O pecado contra Deus tem proporções infinitas por causa da infinita dignidade de quem foi ofendido.